Marcelo Dannus é sócio fundador da Paipe, empresa de tecnologia sediada em Campo Bom (RS)
Por muitos anos, a trajetória profissional de Marcelo Dannus foi marcada por jornadas de trabalho que variavam entre 12 a 14 horas por dia, com pouco espaço para folgas. Férias? Só se fosse com um notebook em mãos e uma rede wifi disponível. Não podia se desligar das responsabilidades.
Mas a vida tem lá suas viradas e, em 2018, com a chegada do primeiro filho, ele percebeu que precisava de mais qualidade no dia a dia, principalmente para ter tempo para a família. Naquele momento, Marcelo entendeu que aquela não era uma demanda só sua. “Os demais administradores de empresas e clientes também devem passar pelas mesmas situações”, pensou.
Talvez esse tenha sido o ponto de virada da Paipe, empresa de tecnologia fundada em 2014 por Marcelo. Foi a partir desta reflexão que a Paipe passou a ser orientada pelo propósito de otimizar o tempo das empresas.
“Nossa intenção é usar a tecnologia para impulsionar negócios, pessoas e projetos, de modo que os clientes possam usar seu tempo com aquilo que acham mais valioso – seja para se dedicar a outras atribuições da empresa ou até mesmo ir para casa despreocupado, com a certeza de que a Paipe estará lá”, explica.
A principal motivação da empresa hoje é desafiar o sistema e sair da zona de conforto. Há anos que Marcelo vem trabalhando em um modelo de negócio disruptivo e inovador. Hoje, a estratégia da empresa está voltada para um implementar novas metodologias em formato de startup, cuja validação de produtos é feita de maneira rápida e com baixo investimento.
A ideia é que, nos próximos anos, a Paipe caminhe com suas próprias pernas.
“Daqui 5 anos, não me vejo a frente da Paipe como CEO e sim como um conselheiro. Me vejo como CEO de alguma unidade de negócio que nascerá a partir da Paipe. É como um filho que vemos crescer e que, aos poucos, vai ganhando independência para tomar suas próprias decisões”, compara. Para isso ocorrer, Marcelo pretende preparar um sucessor. “Acredito que há pessoas com qualificações técnicas e conhecimento para isso. O desafio é identificar alguém que tenha as mesmas paixões e que compartilhe da cultura que estamos criando”, vislumbra.
Marcelo iniciou cedo na área da tecnologia. Começou em 1995, como programador estagiário em uma empresa de TI em Porto Alegre. O empreendedorismo, no entanto, sempre esteve presente. Já em 1998 fundou, em sociedade com o irmão, sua primeira empresa com base tecnológica. Depois de mais de 20 anos na estrada, resolveu sair da empresa familiar e passou por um período sabático de descoberta profissional e pessoal. Foi nesse contexto que surgiu a Paipe.
“A Paipe é meu primeiro grande projeto pessoal. Hoje é uma família que cresce a cada dia, e com pessoas que estão se mostrando de grande valor, pois abraçam os desafios e dividem os problemas. Sou grato por estar cercado de pessoas que veem na Paipe uma empresa que oportuniza errar, aprender e evoluir profissionalmente”, orgulha-se.
Se a reflexão sobre o tempo e a qualidade de vida fez sentido em 2018, a ponto de mudar a forma como Marcelo enxergava a Paipe, hoje ela ganha contornos ainda maiores. “Neste período de quarentena, aflorou alguns valores que estavam distantes de toda a sociedade, que são os momentos em família. Penso que meu filho está tendo experiências que nunca esquecerá. Quero poder estar mais presente daqui para frente e permitir que as demais pessoas também estejam”, conclui.
Quer saber mais sobre a Paipe? Acesse esse post.